quinta-feira, 17 de março de 2016

ARQUITETURA PRISIONAL

  Mesmo com a arquitetura prisional sendo uma especialização respeitável, o arquiteto prisional é um projetista raro no mercado. No Brasil, para desenvolver os projetos de edifícios destinados a esse fim, o profissional deve seguir diretrizes estipuladas pelo Ministério da Justiça. Em 2011 houve uma revisão da normatização acerca da Arquitetura Penitenciária, através das Diretrizes para Arquitetura Penal (Resolução nº 9, publicada em 18 de novembro de 2011). Dentro desses rigorosos limites impostos pela esfera federal, o desafio do projetista é desenvolver um edifício o mais eficiente possível.

VOCÊ SABIA?

Jeremy Bentham


  No século XIX, Jeremias Bentham (1748-1832) e seu modelo arquitetônico panóptico (ótico=ver + pan=tudo), caracterizado pela forma radial, uma torre no centro e um só vigilante, o qual pelo efeito central da torre, percebia os movimentos dos condenados em suas celas. A primeira prisão panóptica foi construída em 1800, nos EUA.

ACONTECE NO MUSEU

No dia 18 de fevereiro, teve início a oficina de canto na sede do MPP. Os alunos apreciaram o primeiro dia de aula.
As oficinas ocorrem por meio de uma parceria entre a SAP/MPP e as “Oficinas Culturais do Estado de São Paulo” realizadoras de atividades gratuitas de formação e difusão cultural em diferentes linguagens artísticas:

ARQUITETURA INTRIGANTE

Presídio de San Pedro, La Paz


A Bolívia enfrentava uma grande crise financeira em 1986. Para resolver a situação, o país aceitou ajuda de economistas de Harvard e também da Escola de Economia de Chicago. As duas instituições aconselharam o governo boliviano a instituir a chamada “terapia de choque”.
Basicamente, a medida privatizou todas as instituições públicas e diversas medidas de austeridade foram adotadas, alterando a legislação de diferentes maneiras. O fato é que a terapia de choque afetou o país inteiro, mas talvez o sistema prisional tenha sido atingido ainda mais.

COLUNA MEMÓRIA ORAL



  Com: Maximiliano Nascimento de Brito


  Sou arquiteto do Departamento de Engenharia da Secretaria de Administração Penitenciária e visto algumas obras de unidades prisionais em todo Estado de São Paulo.
Quando eu era estudante eu tinha um pensamento sobre prisão apenas como retribuição a um ato criminoso, como castigo. Então se eu fosse fazer um projeto naquela época, elaboraria um projeto apenas de unidade muito segura, com áreas superiores onde quem controla a cela  consegue ver os raios sem ser visto. Um local onde o detento não teria direito a nada, mas quando comecei a viver o dia a dia das unidades prisionais percebi que o detento precisa coisas como: de banho de sol, que ele precisa receber a família, etc.