Para compreender o sentido da prática da religiosidade no interior do cárcere, é imperativo que ela seja considerada no contexto onde se realiza, ou seja, tendo em vista o padrão de relações sociais vigentes na prisão, regulado por valores e normas específicas a esse universo.
A conversão religiosa se dá em meio a um processo de transformação no universo discursivo do indivíduo, que engloba uma mudança de valores, crenças, comportamento e na forma de interpretar os acontecimentos. A conversão religiosa se constitui enquanto processo que promove uma troca de mundos e envolve o abandono das práticas e dos valores que compõem o que chamamos de mundo do crime; e a adoção das normas de conduta, regras morais e valores que conformam o mundo do trabalho.
O discurso religioso ressignifica a trajetória biográfica do indivíduo, dando novas cores e novos sentidos ao seu passado, presente e futuro.
O trabalho e junto com ele a educação, passam a ser vistos como vias de retorno à legitimidade social; e, por fim, os laços familiares, em conjunto com o vínculo mantido com o grupo religioso, são alçados à categoria de ponto de apoio, o que é fundamental para a manutenção dessa identidade baseada nos preceitos religiosos.
O discurso religioso ressignifica a trajetória biográfica do indivíduo, dando novas cores e novos sentidos ao seu passado, presente e futuro.
O trabalho e junto com ele a educação, passam a ser vistos como vias de retorno à legitimidade social; e, por fim, os laços familiares, em conjunto com o vínculo mantido com o grupo religioso, são alçados à categoria de ponto de apoio, o que é fundamental para a manutenção dessa identidade baseada nos preceitos religiosos.