A “cultura prisional” ou cultura do crime se encaixa nesse conceito por meio de gostos musicais, preferências artísticas, modo de se vestir de forma que tal grupo compõe um modelo de sociedade distinta. Os indivíduos que participam desse meio cultural desenvolvem uma linguagem (geralmente uma língua falada) cujas construções estão representadas e aptas a serem recuperadas pela interpretação desses elementos e regras.
Uma das expressões desta “cultura prisional” é na forma de falar e na escrita. Toda comunidade humana possui uma língua falada, uma característica considerada por muitos como inata e condição definidora da espécie humana. Ela é geradora de uma forma de escrita, que é um tipo de comunicação por símbolo (chamados caracteres ou grafemas) usado para registrar visualmente uma língua falada, com o propósito de comunicação.
Os sistemas de escrita distinguem-se de outros possíveis sistemas linguístico de comunicação pelo fato de que normalmente devemos entender alguma coisa da língua falada em questão para poder ler e compreender o texto com sucesso.
Contrapõem-se a isso outros sistemas simbólicos como sinais de informação, pintura, mapas, e fórmulas matemáticas, que não necessariamente exigem conhecimento prévio de uma dada língua para permitir extrair deles o significado associado.
Para entender essa sub-linguagem utilizada pela “cultura prisional” é necessário entender um conjunto de regras e convenções entendidas e partilhadas por esse grupo específico, a qual arbitrariamente designa significados para os elementos básicos, seu ordenamento e relações um com os outros. Assim temos alguns termos que nasceram dentro de Estabelecimentos Penais que foram adotados pela sociedade em geral.
