quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O ÍNDICE DA MALDADE

Outro tipo de análise para traçar o perfil criminoso foi o elaborado pelo psiquiatra-forense

Dr. Michael Stone, da Universidade de Columbia. Ele desenvolveu uma escala que classifica assassinos em série, psicopatas e sociopatas por meio de fatores neurológicos, ambientais e genéticos.
A lista analisa o assassino, seu crime, o motivo e seu método, além de analisar a brutalidade envolvida em seus atos. Ela contém vinte e dois níveis diferentes, sendo o primeiro “Pessoas normais que matam em legítima defesa” e o nível mais alto é reservado para os “Psicopatas assassinos e torturadores em série”, que são aqueles que possuem o máximo de perversidade que um ser humano pode apresentar.
Veja a escala do índice da maldade:

o Matam em legítima defesa e não apresentam sinais de psicopatia. (Pessoas normais);
o Amantes ciumentos que cometeram assassinato, mas que apesar de egocêntricos ou imaturos, não são psicopatas. (Crime passional);
o Cúmplices voluntários de assassinos: personalidade esquizoide, impulsiva e com traços antissociais;
o Matam em legítima defesa, porém provocaram a vítima ao extremo para que isso ocorresse;
o Pessoas desesperadas e traumatizadas que cometeram assassinato, mas que demonstram remorso genuíno em certos casos e não apresentam traços significantes de psicopatia;
o Assassinos que matam em momentos de raiva, por impulso e sem nenhuma ou pouca premeditação;
o Assassinos extremamente narcisistas, mas não especificamente psicopatas, que matam pessoas próximas a ele;
o Assassinos não psicopatas, com uma profunda raiva guardada, e que matam em acessos de fúria;
o Amantes ciumentos com traços claros de psicopatia;
o Assassinos não psicopatas que matam pessoas “em seu caminho”, como testemunhas – egocêntrico, mas não claramente psicopata;
o Assassinos psicopatas que matam pessoas “em seu caminho”;
o Psicopatas com sede de poder que matam quando estão encurralados;
o Psicopatas de personalidade bizarra e violenta e que matam em acessos de fúria;
o Psicopatas cruéis e autocentrados que montam esquemas e matam para se beneficiarem;
o Psicopatas que cometem matanças desenfreadas ou múltiplos assassinatos em uma mesma ocasião;
o Psicopatas que cometem múltiplos atos de violência, com atos repetidos de extrema violência;
o Psicopatas sexualmente perversos e assassinos em série: o estupro é a principal motivação e a vítima é morta para esconder evidências;
o Psicopatas assassino/torturadores, onde o assassinato é a principal motivação, e a vítima é morta após sofrer tortura não prolongada;
o Psicopatas que fazem terrorismo, subjugação, intimidação e estupro, mas sem assassinato;
o Psicopatas assassinos/torturadores, em que a tortura é a principal motivação, mas em personalidades psicóticas;
o Psicopatas que torturam até o limite, mas não cometem assassinatos;
o Psicopatas assassinos/torturadores, em que a tortura é a principal motivação (na maior parte dos casos, o crime tem uma motivação sexual, mesmo que inconsciente).

Esse tipo de tipologia é mais um passo para a ciência entender as mentes dos psicopatas e assassinos em série, mas a verdade é que não se sabe ao certo o que se leva um ser humano a cometer atos tão terríveis já que a realidade é sempre mais complexa que qualquer tipologia elaborada.