quinta-feira, 7 de maio de 2020

Mães no contexto do cárcere


Hoje apresentamos a obra “A avó e a neta”, pintada em 1928 na Penitenciária do Estado pelo artista C. Lourenço, e se você já visitou o museu provavelmente você já deve ter visto essa pintura.

Mas como domingo (10/05/2020) é dia das mães, vamos utilizar este quadro para refletir um pouco sobre a questão de ser mãe, aproveitando a data para abordar diversas situações de mães no contexto do cárcere.



As mulheres mães ou gestantes, nas penitenciarias, enfrentam vários desafios. Seja ela agente penitenciária, que zela pela segurança de seus filhos e da sua família. Seja ela mãe de vítimas da violência e criminalidade. Seja ela a mãe que tem sua filha ou filho em cárcere. Há também as mães aprisionadas, que sofrem com a separação dos seus filhos. Em muitos casos, antes da detenção, essas mães aprisionadas eram responsáveis pelo sustento da família e, após a prisão, muitas vezes os filhos acabam ficando em situação de vulnerabilidade.
As gestantes, por sua vez, passam ainda por outro enorme desafio que é o processo da gravidez, com as mudanças físicas, psicológicas, o pré-natal e o parto. Todo o desenvolvimento gestacional é vivido longe dos familiares. Após o parto as mães têm o direito de ficar com o filho, no mínimo 6 meses, no período da amamentação. Ao término da lactação o bebê é entregue para um familiar de confiança da mãe ou é levado para um abrigo.
A Defensoria Pública (SP), buscando auxiliar as mães, criou o projeto Convive – Mães em Cárcere que tem como objetivo: “garantir os direitos da mãe e de seus filhos, como a convivência familiar e o direito à amamentação”. As medidas jurídicas adotadas pelos defensores são: prisão domiciliar, liberdade provisória, regularização de guarda, entre outras.
A grande questão é que ser mãe não é nada simples, em situação de cárcere parece ainda mais complexo. Entretanto, mesmo em situações difíceis e duras, o amor de mãe é inexplicável.

Fontes: